Nos livros Louvai a Deus com danças (2003) e
Dança , Movimento em adoração (2002), Coimbra indica que um dos fatores
responsáveis pela supressão da dança na igreja na Idade Média foi a influência
do pensamento dos filósofos da época, que tinham o conceito de beleza totalmente
direcionado à essência do Sagrado. A dança encontrava resistência por
supostamente não conter a essência do belo, além de se mostrar lasciva e
perniciosa (COIMBRA, 2003, p.41) No período do século XIII, podemos ver
a presença das artes cênicas sendo apresentadas no interior das igrejas,
o que sugere a presença de ações corporais e possivelmente da dança, dentro do
ambiente do culto. No Brasil, o protestantismo se desenvolve sem
indícios da presença de dança em seus cultos. Este quadro parece começar
a mudar quando em 1960, as igrejas protestantes passam por uma renovação
em sua liturgia. Novos instrumentos são inseridos no período de louvor, e com
eles novos ritmos, incluindo ritmos brasileiros. Esta renovação
provavelmente gerou o início do surgimento de pequenos gestos de dança
durante o momento do louvor, o que posteriormente abriria caminho para a apropriação
da dança como forma de culto. Finalmente por volta de 1990, a dança entra
para o ambiente do culto cristão protestante, como forma de louvor e adoração.
Na atualidade, a dança tem voltado para dentro do
cenário do culto evangélico como forma de louvor e adoração. Neste capítulo, a
pesquisa aborda o trabalho dos grupos de dança evangélicos que têm atuado nas
igrejas, destacando suas práticas e valores. Eventos de dança evangélicos que
têm surgido em todo país também são citados, pois indicam a direção que estes
grupos têm seguido em um trabalho conjunto. Também é apontado o trabalho da
Companhia Rhema de Teatro e Dança, que tem se destacado no meio evangélico por
realizar um trabalho pioneiro bastante reconhecido entre os demais grupos. Tais
apontamentos são importantes para a pesquisa, pois revelam o quadro da dança no
cristianismo evangélico da atualidade.
foda
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