A dança sofre a partir do século IV a
condenação por parte dos imperadores romanos cristãos, chegando a ser banida da
liturgia no século XII.
Dentro do cristianismo, as danças pagãs foram
combatidas por estarem ligadas a ritos e cerimônias de tradição pagã. A dança
foi,então, acolhida como patrimônio cultural, moldada dentro dos padrões
conceituais da Igreja. Muitas festas de outras religiões foram inseridas nas
igrejas no momento em que as tribos da Europa e Ásia Menor foram convertidas ao
cristianismo. Os missionários implantaram suas igrejas em templos já
existentes, estabelecendo os dias e feriados cristãos na mesma época dos
feriados pagãos (KRAUS et al apud COIMBRA, 1981, p.49). Assim, as danças
já existentes nos costumes de outras religiões foram incluídas nos cultos, o
que fez com que os líderes da igreja se decidissem por banir a dança do culto.
Para
Ossona, foram dois os fatores que influenciaram na extinção da dança do culto
cristão. Primeiramente, o fato de os ritos pagãos terem penetrado nas
cerimônias e os templos terem sido profanados com paródias. Em segundo lugar,
pelo pensamento de valorização na crença da vida após a morte, o que enfatizava
a oposição entre o terreno e o celestial, o espiritual e o carnal. O corpo
passa, então, a ser obstáculo. “A dança, sendo uma atividade de ordem física e
ao mesmo tempo um prazer, foi conseqüentemente banida do culto religioso”
(OSSONA, 1988, p.61).
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